Os dons do Espírito Santo
O grande pregador e pastor inglês C.H. Spurgeon, em um dos seus escritos relata a história de uma velhinha que morava numa instituição para idosos pobres que ele certo dia visitou. Nos pertences dessa senhora foi encontrado um documento bancário antigo, que lhe fora entregue como lembrança por alguém muito rico. Com permissão da velhinha, o pastor Spurgeon levou o documento a um banco e ficou sabendo que se tratava de uma elevada quantia em depósito, suficiente para aquela senhora viver muito bem pelo resto da vida.
Partindo desse fato, Spurgeon concluiu que muitos crentes vivem em estado de grande pobreza espiritual por ignorarem as infinitas riquezas espirituais que estão a seu dispor, em Cristo, se as buscarem, conforme lemos em Efésios 3.8. Neste contexto, esta a riqueza dos dons espirituais. Daí São Paulo escrever aos coríntios: “Acerca dos dons espirituais, não quero irmãos que sejais ignorantes” (I Co 12.1).
A igreja da atualidade precisa mais e mais conhecer, buscar, receber e exercitar a provisão divina imensurável que há nos dons espirituais, para o seu contínuo avanço, edificação, consolidação e vitória contra as hostes infernais, e, ao mesmo tempo, glorificar muito mais a Cristo.
Princípios doutrinários. Pelo menos dois princípios devem ficar bem patentes aqui, concernentes aos dons espirituais:
1) Uma pessoa que recebeu do Senhor dons do Espírito não significa que ela alcançou um estado de perfeição e que e merecedora das bênçãos de Deus. As manifestações e operações do Espírito Santo por meio de um crente jamais devem ser motivo de orgulho, seja ele quem for.
2) Assim como o crente não e salvo pelas obras, mas tão-somente pela graça divina (Ef 2.8; Tt 3.5), assim também os dons do Espírito Santo nos são concedidos pela graça de Deus para que ninguém se engrandeça — “segundo a graça" (Rm 12.6).
Na igreja de Corinto, certos crentes imaturos receberam dons espirituais e se descuidaram de crescer na fé e na doutrina. Problemas surgiram dai, afetando toda aquela igreja.
Definição dos dons. Em seu sentido geral, o termo “dom” tem mais de um emprego. Há os dons naturais, também vindos de Deus na criação, na natureza: a água, a luz, o ar, o fogo, a vida, a saúde, a flora, a fauna, os alimentos, etc. Ha também os dons por Deus concedidos na esfera humana: os talentos, os dotes, as aptidões, as prendas, as virtudes, as qualidades, as vocações inatas, etc.
O dom espiritual e uma dotação ou concessão especial e sobrenatural pelo Espírito Santo, de capacidade divina sobre o crente, para serviço especial na execução dos propósitos divinos para e através da Igreja. “São como que faculdades da Pessoa divina operando no ser humano” (Horton). Dons espirituais como aqui estudados não são simplesmente dons humanos aprimorados e abençoados por Deus.
Foi a poderosa e abundante operação dos dons do Espírito que promoveu a expansão da igreja primitiva como se vê no livro de Atos dos Apóstolos e nas Epístolas. Foi dotada de dons espirituais que a igreja de então continuou crescendo sem parar e triunfando, apesar das limitações da época, da oposição e das perseguições. A obra missionária também avançou celeremente como fogo em campo aberto.
As principais passagens sobre os dons espirituais são sete: I Coríntios
12.1-11,28-31; 13; 14; Romanos 12.6-8; Efésios 4.7-16; Hebreus 2.4; e Pedro 4.10,11. Além destas referências, ha muitos outros textos isolados através da Bíblia sobre o assunto.
Termos designativos dos dons. Abordaremos a partir de agora os cinco principais termos bíblicos designadores dos dons. Estes termos descrevem a natureza dos dons.
1) Pneumatika (I Co 12.1). Os críticos e opositores dos dons alegam que, no original, aqui, não consta a palavra “dom”. Não consta neste versículo, mas consta a seguir, em I Coríntios 12 e nos capítulos seguintes. O referido termo refere-se as manifestações sobrenaturais da parte do Espirito Santo através dos dons (cf. I Co 12.7; I4.I).
2) Charismata (I Co 12.4; Rm 12.6). Falam da graça subsequente de Deus em todos os tempos e aspectos da salvação.
3) Diakonai (I Co 12.5). Isso fala de serviço, trabalho e ministério pratico. São ministrações sobrenaturais do Espírito através dos membros da igreja como um corpo (I Co 12.12-27).
4) Energemata (I Co 12.6). Isto e, os dons são operações diretas do poder de Deus para a realização de seus propósitos e para abençoar o povo (cf. w.9,I0).
5) Phanerosis{ I Co 12.7). Os dons são sobrenaturais da parte de Deus; mas, conforme o sentido do termo original, aqui, eles operam igualmente na esfera do natural, do tangível, do sensível, do visível.
Dons de manifestação do Espírito
Vamos agora classificar ou agrupar os dons com o objetivo de entender melhor o assunto. A primeira classificação e a dos dons de manifestação do Espírito em numero de nove, conforme I Coríntios 12.8-10. Esses dons são formas de capacitação sobrenatural de pessoas, para a “edificação do corpo de Cristo” como um todo, e também para a bem-aventurança de seus membros, individualmente (vv.3-5,12,17,26).
Os capítulos 12 a 14 de I Coríntios tem a ver com esses maravilhosos dons. Eles são de atuação eventual, inesperada e imprevista (quanto ao portador do dom), tudo dependendo da soberania de Deus na sua operação. Esses dons manifestam o saber de Deus, o poder de Deus e a mensagem de Deus.
Dons que manifestam 0 saber de Deus (I Co 12.8-10). Esses dons manifestam a multiforme sabedoria de Deus:
1) A palavra da sabedoria (v.8). E um dom de manifestação da sabedoria sobrenatural, pelo Espírito Santo. E um dom altamente necessário no governo da igreja, pastoreio, administração, liderança, direção de qualquer encargo na igreja e nas suas instituições.
2) A palavra da ciência (v.8). “Ciência” equivale, aqui, a “conhecimento”. E um dom de manifestação de conhecimento sobrenatural pelo Espírito Santo; de fatos, de causas, de ensinamentos, de ensinadores, etc.
3) O dom de discernir os espíritos (v.10). No original, os dois termos que designam este dom estão no plural. E um dom de conhecimento e de revelação sobrenaturais pelo Espírito Santo. E um dom de proteção divina para não sermos enganados e prejudicados por Satanás e seus demônios, e também pelos homens. Uma das principais atividades de Satanás e enganar (Ap 12.9; 20.8,10; I Tm 4.1). Os homens também enganam (Ef 4.14; I Jo 2.26; 2 Jo v.7). Lideres em geral — inclusive de música —, pastores, evangelistas, mestres, precisam muito deste dom para não serem enganados.
Dons que manifestam 0 poder de Deus (I Co 12.9,10). Esses dons manifestam a poder dinâmico de Deus:
1) A fé (v.9). E um dom de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito Santo. Superação e eliminação de obstáculos, sejam quais forem, e de impedimentos; liberação do poder de Deus; intercessão. Não se trata aqui da fé no seu sentido salvífico (Ef 2.8); ou fé como fruto do Espírito (G1 5.22); ou fé significando o corpo de doutrinas bíblicas (G1 1.23); ou fé como o aspecto puramente espiritual da vida crista (2 Co 13.5). Trata-se da fé chamada “fé especial”, “fé miraculosa”. Este dom opera também em conjunto com vários outros dons.
2) O dom de curar. Ou “dons de curas”, literalmente (v.9). Isto e, este dom e multiforme na sua constituição e na sua operação. E uma sublime mensagem para os enfermos, não importando a sua doença. São dons de manifestação de poder sobrenatural pelo Espírito Santo para a cura das doenças e enfermidades do corpo, da alma e do espírito, para crentes e descrentes.
Esses “dons de curas” operam de varias maneiras: através da Palavra; através de outro dom; uma palavra de ordem; um olhar; mãos, etc. Os dons de curas abrangem o ser humano em sua totalidade; já o dom da fé, além do ser humano, abrange tudo mais, conforme os planos e propósitos de Deus.
3) A operação de maravilhas (v. 10). No original, os dois termos que designam este dom estão no plural: “operações de maravilhas”. São operações de milagres extraordinários, surpreendentes, pasmosos; prodígios espantosos pelo poder de Deus, para despertar e converter incrédulos, céticos, oponentes, crentes duvidosos. Leia João 6; Atos 8.6,13; 19.11; e Josué 10.12-14.
Dons que manifestam a mensagem de Deus (I Co 12.10). Esses dons manifestam a mensagem da parte de Deus, poderosa, vivificante, criativa, edificante e consoladora (E em torno desses três últimos dons que ocorre mais falta de disciplina e de ordem nas igrejas, como também ocorreu em Corinto.).
1) A profecia (v. 10). E um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo Espírito, para “edificação, exortação e consolação” do povo de Deus (I Co 14.3). E um dom necessário a todos os que ministram a Palavra; que trabalham com a Palavra (cf. Lc 1.2b; I Tm 5.7). O grau da profecia na igreja hoje não e o mesmo da “profecia da Escritura” (2 Pe 1.20), que e infalível — a profecia da Bíblia.
A profecia na igreja deve ser, pois, julgada. De fato, a Bíblia declara: “Em parte profetizamos” (I Co 13.9). A profecia da igreja esta sujeita a falhas por parte do profeta; dai a recomendação bíblica de I Coríntios 14.29: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”.
Por que a profecia e denominada o principal dom, conforme I Coríntios 13.2 e 14.1,5,39? Porque a profecia edifica a igreja como um corpo, e não apenas como indivíduos. Também porque a profecia e um meio de expressão de muitos dons (I Tm 4.14a). A maior parte do tempo do culto deve ser para a ministração da Palavra de Deus, e não para a profecia, conquanto seja esta tao importante (I Co 14.29).
2) A variedade de línguas (v. 10). E um dom de expressão plural, como indica o seu titulo. E um milagre linguístico sobrenatural. Nem todos os crentes batizados com o Espírito Santo recebem este dom (I Co 12.30). Já as línguas como evidencia física inicial do batismo, todos ao serem batizados no Espírito Santo as falam.
As mensagens em línguas mediante este dom devem ser interpretadas para que a igreja receba edificação (I Co 14.5,27). O crente portador deste dom, ao falar em línguas perante a congregação, não havendo interprete por Deus suscitado, deve este crente falar somente “consigo e com Deus” (I Co 14.4,28), isto e, falar em silêncio
3) A interpretação das línguas (v. 10). E um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo Espírito Santo. Não se trata de “tradução de línguas”,mas de “interpretação de línguas”. Tradução tem a ver com palavras em si; interpretação tem a ver com mensagem. As línguas estranhas como dom espiritual, quando interpretadas, assemelham-se ao dom de profecia, mas não são a mesma coisa. O dom de interpretação e um dom em si mesmo, e não uma duplicação do dom de profecia (cf. I Co 12.10,30; 14.5,13,26-28).
Dons de ministérios práticos
São administrações de serviços práticos, individuais e em grupo (Rm 12.6-8; I Co 12.28-30). Nestas passagens, eles aparecem juntamente com os demais dons espirituais, e sob o mesmo titulo original charismata — “dons da graça”. São dons de ministração residentes no portador, pela natureza de sua finalidade junto as pessoas ou grupos: assistência, serviço, socorro, auxilio, amparo, provisão. São dons residentes nos seus portadores, pela natureza e objetivos de sua ação.
Estes dons tem sido pouco estudados na igreja. Dai os equívocos e dúvidas existentes. São da mesma natureza espiritual e sobrenatural dos demais dons da graça de Deus. A Bíblia os coloca em conjunto com os demais dons (I Co 12.28). Ela usa para esses dons o mesmo termo original empregado para os dons de I Coríntios 12.4-10: charismata (Rm 12.6-8).
Ministério (Rm 12.7). Ministração, servir, prestar serviço material e espiritual, sem primeiramente esperar recompensa, reconhecimento, retribuição, remuneração, com motivação e capacitação mediante este dom. E servir capacitado sobrenaturalmente pelo Espírito.
Ensinar (Rm 12.7). Ensinar no sentido didático, como deixa claro o original. E o dom espiritual de ensinar, tanto na teoria, como na pratica; ensinar fazendo; ensinar a fazer; ensinar a entender; treinar outros. Educar no sentido técnico desta palavra. Não confundir com o ministério do ensino, que tem a ver com ministros do evangelho, segundo Efésios 4. II e Atos 13.1 (“profetas e mestres”).
Exortar (Rm 12.8). Exortar, aqui, e como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar, consolar, unir pessoas desunidas, que não se falam; admoestar.
Repartir (Rm 12.8). O sentido no original e dar generosamente, doar, oferecer, distribuir aos necessitados em primeiramente esperar recompensa ou reconhecimento, movido pelo Espírito Santo. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência, humanitarismo, filantropia, altruísmo.
Presidir (Rm 12.8). E conduzir, dirigir, organizar, liderar, governar, orientar com segurança, conhecimento, sabedoria e discernimento espiritual. Isso em se tratando de igreja, congregação, instituição, etc. Para alguém presidir desta maneira, só mesmo tendo de Deus este dom! A tendência natural de quem lidera e preside e ser duro, dominar somente pela autoridade, ser insensível.
Exercitar misericórdia (Rm 12.8). Este dom refere-se a assistência aos sofredores, necessitados, carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.
Socorros (I Co 12.28). Literalmente “achegar-se para socorrer”. E o caso de enfermos, exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc. E um dom de ação. plural.
Governos (I Co 12.28). E um dom plural no seu exercício. E dirigir, guiar e conduzir com segurança e destreza. O termo original sugere pilotar uma embarcação com segurança, destreza e responsabilidade.
Dons na área do ministério
Esses dons são enumerados em Efésios 4.11 e I Coríntios 12.28, 29, a saber: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.
Alvos e resultados dos dons espirituais. De acordo com I Coríntios 12.7, “a manifestação do Espírito e dada a cada um para o que for útil”. Vejamos quais são os alvos e resultados dos dons espirituais:
1) A glorificação do Senhor Jesus em escala muito além da natural e humana (Jo 16.14).
2) A confirmação da Palavra de Deus anunciada, pregada e ensinada (Mc 16.17-20; Hb 2.3,4).
3) O crescimento constante e real, em quantidade e qualidade, da obra de Deus na igreja, na evangelização e nas missões (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19\
4) A “edificação” espiritual da igreja de Deus como um corpo e como membros individualmente (I Co 12.12-27). Jesus afirmou: “Eu edificarei a minha igreja” (Mc 16.18), mas na ocasião Ele não disse como ia edificar. Mas em Atos e nas Epístolas. vemos que e em parte através desses dons divinos de que estamos a tratar.
5) O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12). Isso jamais e possível por parte do homem, ou das coisas desta vida, mas e possível para Deus (c£ Lc 18.27).
O exercício. dos dons do Espírito. Toda energia e poder sem controle e desastroso. Estudando I Coríntios 14.26,32,33 e 40, vemos que Deus nos concede dons, mas não e responsável pelo mau uso deles, por desobediência do portador a doutrina bíblica, ou por ignorância desta. A eletricidade quando domada nas subestações, torna-se apropriada ao consumo doméstico, mas nas linhas de alta tensão e letal e destruidora. Também não adianta ter um bom freio no carro sem o seu potente motor, como muitos fazem nas igrejas mornas, frias e secas. Elas tem freio e direção no “carro”, porem falta-lhes o ativo e poderoso motor.
O uso dos dons na igreja deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de Deus, corretamente entendida, interpretada e aplicada. A Palavra e o Espírito interpentram-se e combinam-se em sua operação conjunta na igreja. A Palavra e a espada do Espírito, e o Espírito interpreta e emprega a Palavra.
Na igreja, a predominância da doutrina do Senhor corrige erros, evita confusão e repara estragos. Ela, quando ensinada e aplicada, neutraliza o fanatismo, que e zelo religioso sem entendimento — são exageros, praticas antibíblicas, emocionalismo, gritaria e outros desmandos. Por sua vez, quando o Espírito predomina, neutraliza o formalismo, que e excesso de regras, regulamentos, legalismo, rotina religiosa, formalidades secas e enjoativas, mornidão, formulas, ritos e coisas assim.
Quem recebe dons de Deus, a primeira coisa a fazer e procurar conhecer o que a Palavra ensina sobre o exercício. deles. Em Corinto havia abuso dos dons, enquanto em Tessalônica havia carência deles, por tanto refreio. E de pasmar em nossas igrejas a carência da doutrina bíblica sobre essas manifestações do Espírito — os dons espirituais. O resultado disso ai esta em muitos lugares: fanatismo, praticas antibíblicas, meninices, confusão, escândalo e desonra para o evangelho que pregamos.
No exercício. dos dons e de outras manifestações do Espírito Santo, ninguém que aja desordenadamente e cause confusão, dentro da congregação e fora dela, venha a dizer que esta agindo assim por direção do Espírito Santo. Ele não e o autor de tais coisas!
Responsabilidade quanto aos dons. E preciso haver responsabilidade quanto aos dons, a fim de que não haja mau uso deles.
1) Conhecer os dons. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (I Co 12.1).
2) Buscar os dons. “Procurai com zelo os melhores dons” (I Co 12.31).
3) Zelar pelos dons. “Procurai com zelo os dos espirituais” (I Co I4.I).
4) Ser abundante nos dons. “Procurai progredir neles, para a edificação da igreja” (I Co 14.12, ARA).
5) Ter autodisciplina nos dons. “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (I Co 14.32).
6) Ter decência e ordem no exercício. dos dons. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Co 14.40).
Portanto, poder, sinais, curas, libertação e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento pleno de renovação espiritual e pentecostal. No entanto, tudo deve ser livre de escândalos, engano, falsificação, e segundo a decência e ordem que a Palavra de Deus preceitua (I Co 14.26-40).
Fonte: Pr. Antônio Gilberto, Teologia Sistemática Pentecostal/CPAD (Pneumatologia — a Doutrina do Espírito Santo)
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