Extraído do Livro: Como receber o batismo com o Espírito Santo - Gordon Lindsay
Qual a evidência inicial do batismo com o Espírito Santo? Este assunto tem sido tratado tantas vezes que aqui faremos uma breve recapitulação de exemplos de pessoas batizadas, conforme registrado no Livro de Atos dos Apóstolos. As Escrituras dão a conhecer de maneira vigorosa que o falar em outras línguas é a evidência inicial desse batismo.
1. Lê-se em Atos 2.4: E todos [os 120 cristãos, inclusive a própria mãe e os irmãos de Jesus] foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
2. Em At 8.17,18 é salientado o fato de ter Simão percebido que haviam recebido o Espírito Santo.
Comparando-se outras passagens das Escrituras, a única conclusão lógica é que ele viu as pessoas começarem a falar em línguas quando houve sobre elas a imposição de mãos.3. Em Atos 9.17 é relatado que houve imposição de mãos sobre Paulo para que recebesse o Espírito Santo. Sabemos que falou em línguas, pois ele mesmo declarou: Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos (1 Co 14.18).
4. Em Atos 10.46 é relatado que os gentios receberam o Espírito Santo; Pedro diz que os ouviu falar em línguas.
5. Em Atos 19.6 é mostrado que, Paulo, impondo as mãos sobre os efésios para que recebessem o Espírito Santo, viu que eles tanto falavam em língua como profetizavam.
A questão não é saber se os cristãos falam em línguas ao receberem o batismo com o espírito, pois esse é o padrão bíblico, mas inquirir sobre a razão por que passam pela experiência de falar em outras línguas. Qual o propósito divino dessa manifestação?
Por que o falar em línguas é importante?
Ouve-se freqüente dizer que embora conste das Escrituras a experiência de falar em outras línguas, não é circunstância realmente muito importante. Estamos de acordo em que se o falar em outras línguas é tudo o que a pessoa recebeu, a experiência será de pouco valor, pois conforme diz o apóstolo Paulo: Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine (1 Co 13.1). Porém, se o falar em outras línguas é precedido ou acompanhado do recebimento do Espírito, tremenda é sua importância, porque o batismo com Espírito Santo compreende a infusão do Espírito aliada ao falar em línguas. O falar em línguas, longe de ser coisa insignificante, é experiência gloriosa que satisfaz, edifica e enriquece o cristão ao longo de sua vida.
No presente capítulo, ressaltaremos alguns dos propósitos de o cristão falar em outras línguas. Podemos fazê-lo apenas sumariamente.
1. O falar em outras línguas é o "repouso" e o "refrigério" prometidos pelo Senhor.
Feio que, por lábios estranhas e por outra língua, falará a este povo, ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o » refrigério; mas não quiseram ouvir. Isaías 28.11,12
O Espírito do Senhor devia referir-se a algo de suma importância ao dizer: Este é o descanso, daí descanso ao cansado; e este é o refrigério. Evidentemente, isso faz referência ao versículo anterior. Não é, portanto, o falar em outras línguas descanso e refrigério?
Expliquemos. Apenas o falar em outras línguas não podia ser descanso nem refrigério. É antes o fato de o Espírito Santo vir e conceder o dom de falar que representa esse descanso e refrigério. O Espírito Santo é Pessoa. Quando vem, fala. Esta manifestação da Sua presença torna-se, pois, a grande bênção, o grande descanso, o grande refrigério. Temos aqui mais outra prova de que a infusão do Espírito Santo é acompanhada do falar em outras línguas, que não podia ser refrigério se não fosse acompanhado da presença dEle. Assim Pedro, logo após o Dia de Pentecostes, quando a primeira igreja cristã se achava sob o influxo da grande experiência pentecostal conclamou os judeus ao arrependimento para receberem a bênção dos tempos do refrigério.
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor. Atos 3.19
Que ninguém ouse menosprezar a experiência do falar em outras línguas, evidência da presença do Espírito Santo que veio fazer habitação na vida dos remidos.
Na Grande Comissão, Cristo declarou que os cristãos falariam em outras línguas
E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas. Marcos 16.15-17
Uma das mais importantes passagens na Bíblia são as palavras de Jesus em Marcos 16, capítulo em quem Ele dá à Igreja a Grande Comissão. Elas figuram entre as últimas pronunciadas pelo Mestre antes do Seu regresso ao céu. A importância que encerram tem sido universalmente reconhecida pela Igreja ao longo dos séculos.
Anotemos resumidamente os vários particulares da Grande comissão. Primeiro: a Igreja deve ir por todo o mundo pregar o Evangelho a toda criatura. Ainda que não esteja totalmente empenhada no cumprimento deste dever, ela geralmente reconhece essa realidade, bem como percebe a importância e urgência de executá-la sem mais demora. Segundo: Jesus ordenou, na Grande Comissão, que a Igreja fizesse discípulos de todas as nações; os que cressem no Evangelho seriam salvos e os que o rejeitassem, condenados.
Até este ponto a Igreja Evangélica está de acordo. Observe-se, porém, que a Grande Comissão não termina aí. Cristo, ao mesmo tempo, falou sobre certos sinais que identificariam os verdadeiros cristãos. Dentre eles, encontram-se os que estão mencionados no versículo 17, a saber: Em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas.
A cura dos enfermos e a expulsão de demônios são sinais que devem acompanhar os que crêem. Mas falarão novas línguas também está mencionado. Que Cristo houvesse incluído na Sua Grande Comissão o falar novas línguas, ressalta a importância deste sinal.
2. Aquele que fala em outras línguas, fala a Deus
Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios.
1 Coríntios 14.2
Paulo declara que o homem que fala em língua desconhecida fala a Deus.
Muitas pessoas ficam a perguntar a si mesmas qual o propósito de Deus em falar-se em línguas estranhas. Uma razão bastante suficiente, mesmo se fosse à única, está em que aquele que assim o faz fala a Deus.
No momento da conversão, Deus nos fala em nossa língua: "Meu filho, és agora membro da Minha família". Quando, porém, somos batizados com o Santo Espírito, podemos, por assim dizer, falar a Deus em Sua língua - que ninguém entende, senão Ele.
3. O cristão que fala em língua edifica a si mesmo
O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. 1 Coríntios 14.4
Eis aqui algo que o homem incrédulo não compreende. Ele ouve alguém falar em línguas e não pode ver nisso bênção alguma. Isso não é de surpreender, pois o apóstolo Paulo declara que o falar em outras línguas não tem por objetivo a edificação do ouvinte. Por isso, ele ensinou que fazê-lo em uma assembléia, sem ser devidamente seguido de interpretação, não era prática aconselhável (1 Co 14.6).
O fato é que falar em outras línguas, exceto em casos especiais, não se destina a edificar o que ouve. É exercício espiritual destinado a edificar ao que fala. O que fala em outra língua a si mesmo edifica (v. 4). O apóstolo era sincero na sua declaração, sendo isso refletido no fato de haver dito: Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos (1 Co 14.18).
Naturalmente, até que uma pessoa fale em outras línguas não estará em condições de compreender como isso lhe pode ser uma bênção nem como poderá isso a edificar. Porém, uma vez recebido o Espírito Santo, ele descobre que a experiência realmente encerra uma rica bênção espiritual. É experiência sobrenatural de que nunca se esquecerá.
4. Pode-se orar no Espírito por meio da língua desconhecida
E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual ê a intenção do Espírito; e ê ele que segundo Deus intercede pelos santos. Romanos 8.26,27
Na Escritura acima, o apóstolo diz que nenhum de nós sabe orar como convém. Mas temos no Espírito de Deus poderoso aliado, que, se permitido, fará por nós intercessão com gemidos inexprimíveis. Além disso, visto que o Espírito sempre conhece a mente de Deus, Ele sempre orará, segundo a vontade de Deus.
Porém, como o Espírito ora por nosso intermédio? Podemos estar certos de que Ele procura ajudar-nos qualquer que seja a maneira pela qual oremos. Contudo, não é a respeito disso que o apóstolo aqui fala. Ele refere-se a orar no Espírito por meio de língua desconhecida, caso em que esse mesmo Espírito ora por intermédio do cristão. Pois bem, Paulo diz que orará de ambos os modos: com o Espírito e com a mente. É bom orar com a mente. Também o é com o Espírito. Quando, em oração, não encontrarmos palavras para nos exprimir, o Espírito, em língua desconhecida, toma a nossa necessidade e a alça a Deus.
Não é acidental a grande promessa expressa em Romanos 8.26-28, que fala sobre o Espírito Santo como intercessor em nós. Com o Espírito Santo orando por nosso intermédio, todas as coisas contribuem juntamente para o nosso bem.
E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente tiara o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto. Romanos 8,28
5. Falar em línguas é dom concedido à Igreja
A despeito do uso privado desse dom, ele tem um propósito na congregação, embora nem todos os cristãos o manifestem em público. Antes, porém, de ser usado em público, deve sê-lo em particular. Há grande necessidade dos dons do Espírito, e não devemos consentir que esse dom na Igreja esse, muito embora ele deva, por certo, operar segundo as instruções estabelecidas na Primeira Epístola aos Coríntios, capítulo 14. O falar em outras línguas proporciona um ministério útil a certos membros da Igreja, os quais podem não ter outro. Sua importância aumenta se receber o correspondente dom suplementar de interpretação de línguas, A manifestação desses dons serve para confirmar o povo de Deus e para ajudá-lo a preparar-se para a vinda de Cristo.
FALAR EM LINGUAS, É ESTAR PREPARADO ESPIRITUALMENTE, NÃO PODEMOS NOS MANIFESTAR EM NOSSAS ORAÇÕES PRINCIPALMENTE EM PUBLICO SIMPLISMENTE PORQUE ACHAMOS QUE ESTAMOS SENDO ABENÇOADOS AO REPOUSAR OU FALANDO EM LINGUAS.
ResponderExcluirESTA AÇÃO DE REPUSAR OU FALAR EM LINGUAS ESTA MUITO PRESENTE NOS JOVENS, MUITOS COM COMFLITOS FAMILIARES E PROBLEMAS ADVERSOS ENCONTRAM NA IGREJA UM LUGAR DE DESABAFO DE SURTOS PSICOTICOS, EMOÇÕES E ANCIEDADES REVOLUCIONARIAS. NÃO PODEMOS CONDUZIR UM MOMENTO ESPIRITUAL TÃO SIGUINIFICATIVO PARA UM DESABAFO EMOCIONAL.
QUERO DISCORDAR DESSE ABSURDO E IGNORÂNCIA BIBLICA: DIZENDO QUE DOM DE LÍNGUAS NUNCA FORAM CONSEQUENCIAS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO, "Todos nós fomos batizados em um Espírito,formando um corpo, quer Judeus,que gregos,quer servos,quer livres e todos temos bebido do mesmo espírito" 1Co 12.13. Quero dizer que "SALVAÇÃO" sim é eviência do batismo. Outra coisa em Atos 2 não ouve línguas estranhas, basta tão somente fazer uma boa exegese do texto. É diferente de 1 Corinthios 14, onde ouve intérprete,e Paulo exorta duramente a Igreja pela confusão causada pelas línguas estranhas, estranhas mesmas, e o diabo tem tirado proveito disso. precisamos ler mais a palavra e pedir a Deus que ilimine as nossas mentes, para entendermos melhor a sua "PALAVRA".
ResponderExcluirSe alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.
ResponderExcluirMas se não houver intérprete,esteja calado na igreja, e fala consigo mesmo, e com Deus. 1 Co 14.27-28.O que passa disso é escândalo e vergonga, e para nada serve. É melhor profetizar que leva o homem a se converter e edifica a igraja. 1 Co 14.3.