A atividade docente na EBD tem sido marcada por uma exigência cada vez maior por parte dos alunos quanto a qualidade não só do conteúdo da aula, mas também quanto a maneira com que esta aula é desenvolvida e aplicada. A homilética vem exatamente prover meios para que tais exigências sejam atendidas.
IV d C, foi o de orientar pregadores e mestres na dissertação de seus discursos e ensinos, através de princípios, fazendo simultaneamente que despertassem e tivessem uma idéia dos erros e falhas que cometiam.
A homilética para o professor da EBD tem função importante tanto nopreparo, quanto na apresentação da lição. A confiança que transmitimos quando ensinamos, está diretamente relacionada com a aplicação e a forma com que estudamos e preparamos a nossa aula. Alguns fatores precisam ser observados neste primeiro passo. São eles;
- Fonte e Material de Pesquisa: A principal fonte de pesquisa do professorcristão é a Bíblia, contudo, é necessário que o professor disponha de outros materiais, tais como, Bíblias de Estudo, Dicionários e Enciclopédias, Concordâncias, Atlas Bíblico, Diversidade de bons livros para consulta, Apostilas, Periódicos, Revistas, Jornais, etc. Quanto mais fontes e material de pesquisa tiver o professor, mais rico será o conteúdo da sua aula.
- Análise da Lição: O professor deve ler toda a lição, atentando para o seu título, texto áureo, verdade prática, leitura bíblica em classe, pontos e sub-pontos, para só então partir para a pesquisa sobre os principais temas abordados pela mesma.
- A Realização da Pesquisa: O professor deve colher todas as informações possíveis sobre o assunto, organizando-os por ordem de importância.
- A Sintetização e Objetividade do Conteúdo Pesquisado: O poder de síntese é uma habilidade fundamental para o professor da EBD, visto que este precisa conciliar o conteúdo à ser ensinado com o tempo disponível para tal finalidade.
- O Estudo Prévio da Lição Bíblica para os Professores: Esta ferramenta busca proporcionar mais conhecimento para o professor, dirimir suas dúvidas, uniformizar o ensino, corrigir possíveis erros de interpretação, e proporcionar uma constante interação entre superintendes, secretárias e corpo docente.
A Aula
O segundo passo fundamental, é a maneira com que a lição vai ser transmitida para os alunos. A falta de habilidade para comunicar a lição, pode colocar a perder todo o trabalho de pesquisa feito para a mesma. Alguns fatores precisam ser bem observados nesta hora, dentre os quais a linguagem do professor.
Por linguagem entendemos, a faculdade de expressão que serve para transmitirmos idéias e sentimentos. Quanto mais claras e precisas forem as expressões, melhor compreendida será nossa mensagem e ensino. A linguagem pode ser verbal, ou seja, aquela transmitida pela fala, ou corporal, expressa através dos gestos e movimentos do corpo.
A linguagem verbal envolve:
· Vocabulário : é o conjunto de termos lingüísticos, empregados pelo professor. São as palavras usadas para transmitir o conteúdo do assunto. O vocabulário utilizado pelo professor deve ser comum a ele e a seus alunos.
· A Dicção : é a pronúncia dos sons das palavras. As palavras devem ser pronunciadas de forma correta com a devida abertura da boca e articulação completa de todos os sons que compõe a palavra. Deve-se evitar alguns defeitos de pronúncia tais como levá (levar), trazê (trazer), janero (janeiro), trigue (tigre), proquê (porquê), previlégio (privilégio), Cráudio (Cláudio), sinhô (senhor), etc. Circunstâncias pode resultar em pronúncias incorretas. Se há possibilidades devemos buscar a melhora, quando não, Deus nos usará da mesma forma, pois conhece nossas limitações e sinceridade.
· A Intensidade da Voz : a voz do professor deve ter uma tonalidade agradável, não sendo alta ou baixa demais. Ao falar em microfone a altura deve ser suficiente para alcançar o auditório. A voz demasiadamente alta irrita os ouvintes tirando assim a atenção do assunto que está sendo ensinado, além de prejudicar o aparelho auditivo. A voz demasiadamente baixa irrita da mesma forma, porém, produzindo sonolência, desinteresse e falta de atenção dos ouvintes.
· A Velocidade da Voz : a voz do professor deve também ser pronunciada numa velocidade que não comprometa sua compreensão. Não deve ser muito lenta ou rápida, mas sim compassada, respeitando-se também a pontuação.
· Os Vícios de Linguagem : são expressões incorporadas ao nosso estilo de falar, sendo repetidas muitas vezes durante a exposição do assunto, de forma consciente ou inconsciente. Ex: Não é verdade?, aí né…, glória a Deus e aleluia, etc.
- A Linguagem Corporal do Professor: Compreende linguagem corporal:
· A Higiene Corporal do Professor : cabelos bem cortados, penteados e limpos, higiene bucal, unhas limpas, o cuidado com os odores exalados pelo corpo e outros cuidados com a higiene corporal, devem fazer parte da vida do professor.
· A Postura do Professor : todo nosso corpo fala quando nos comunicamos. As posições dos pés e pernas, o movimento do tronco e dos braços, das mãos e dos dedos, a postura dos ombros, o balanço da cabeça, as contrações do semblante, a boca e a expressão do olhar, cada gesto possui um significado próprio e encerra em si mesmo uma mensagem.
· Os Maus Hábitos de Postura : deve-se ter cuidado com mãos nos bolsos, brincar com os dedos, botões e gravata, apoiar-se em algum objeto ou na tribuna e evitar os cacoetes.
· A Naturalidade do Professor : O professor acima de tudo deve ser ele mesmo. A má aplicação das regras de postura pode transformá-lo num robô, com movimentos mecânicos. Bons estilos podem ser admirados mas nunca imitados. Quando se imita perde-se a autenticidade e naturalidade, incorrendo-se ainda no risco de se expor ao ridículo.
Façamos diante do aqui exposto, o devido uso da homilética, que aliada a unção do espírito do Santo, revolucionará nosso ministério de ensino, promovendo uma maior aprendizagem por parte do aluno e a glorificação do nome do Senhor Jesus!
Autor: Altair Germano
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